Maio Laranja: Professores das Escolinhas de Esportes participam de palestra com Coordenadora de Políticas para Mulheres
Realizada por meio de uma parceria entre Coordenadoria de Mulheres e Secretaria de Esportes e Lazer/Fundesport, iniciativa se insere nas atividades do "Maio Laranja"
O dia 18 de maio é muito importante no calendário das ações em defesa dos direitos infanto-juvenis. Trata-se do "Dia Nacional de Combate e ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes" e, nesse sentido, o mês de maio, com a campanha "Maio Laranja", é dedicado à mobilização social e luta contra esse crime hediondo que é marcado pelo silêncio e, muitas vezes, pela invisibilidade. Isto porque, apenas 10% dos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são denunciados.
Dessa forma, é fundamental ampliar a conscientização social, promover informações que demonstram a seriedade desta grave violação de direitos e suas consequências físicas e psicológicas para as vítimas, que são tratadas como objetos e têm seu direito humano fundamental ao desenvolvimento saudável - de forma segura, protegida e livre do abuso e da exploração sexual - profundamente desrespeitado.
Assim, Araraquara também conta com uma mobilização social no mês de maio realizada pelos órgãos de defesa dos direitos de crianças e adolescentes. Contudo, a Coordenadoria de Políticas para Mulheres também atua nessa frente de proteção, tendo em vista que a maioria das vítimas de abuso e exploração sexual são meninas. Dessa forma, as ações da Coordenadoria de Mulheres inserem-se no âmbito da prevenção, além do fortalecimento do trabalho em rede nas atividades de conscientização e denúncia sobre os crimes de violência sexual contra crianças e adolescentes.
Nesse contexto, nesta segunda-feira (6) foi realizada uma palestra para os professores do Programa Escolinhas de Esportes, cujo público-alvo são crianças de 6 a 17 anos. "São práticas esportivas que desempenham um papel de fundamental importância no cotidiano das crianças e adolescentes participantes do Programa, não só pelos benefícios físicos e disciplinares que trazem, mas principalmente pela porta de entrada que representam para o acesso às demais políticas sociais. Isso significa a garantia do atendimento às crianças e aos adolescentes e suas famílias, por meio de ações articuladas e intersetoriais", afirmou Grasiela Lima, coordenadora de Políticas para Mulheres da Prefeitura.
Ela destacou a importância da ação. "Quando os deparamos com casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, devemos também levar em consideração os vários fatores de risco e vulnerabilidade como as questões de gênero, raça/etnia, orientação sexual, classe social, local de moradia (território), condições econômicas e fatores geracionais. Nesse sentido, a formação de profissionais que atuam diretamente com esse público-alvo deve ser priorizada, assim como as ações que buscam a promoção, garantia e defesa de direitos de nossas crianças e adolescentes, de forma intersetorial e a partir da rede e protocolo que temos constituídos no nosso município", salientou.
A presidente da Fundesport, Roseli Gustavo, também destacou a relevância dessa capacitação. "Eu agradeço à Grasiela, que desde o primeiro momento que entrei em contato, se colocou à disposição. Acho importante essa parceria entre as secretarias e agora o Esporte está conectado com a rede de proteção. Como aqui temos as Escolinhas de Esportes, nosso maior projeto social, e temos crianças, jovens e adolescentes, é importantíssimo que os professores e gestores estejam bem alinhados e conectados com essa rede de proteção da criança e do adolescente, para que todos estejam atentos aos sinais que as crianças possam dar. Os professores são as pessoas que elas confiam depois da família e é importante estarem atentos em torno desse tema. O intuito maior de todos é a proteção da criança e do adolescente", comentou.
O gerente do Programa "Escolinhas de Esportes", Júlio Cézar Invenzioni Alexandre, também enalteceu a iniciativa. "A palestra agregou muito aos nossos professores no sentido deles ficarem mais atentos e sensíveis aos supostos casos de abuso sexual por meio do comportamento dos alunos", frisou.
